Carismático, humano, justo… Tiago foi vítima do governador Reinaldo Azambuja que acabou indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
por: Paulo da Silva
Hoje, 17 de agosto completa um mês que o investigador, Tiago Vargas, foi demitido depois de uma sindicância aberta pela Polícia Civil depois de um boletim de ocorrência feito pelo vereador Dr. Lívio (PSDB) que integrava a junta médica que analisava a sanidade do então investigador que tinha sido afastado por problemas de depressão.
Na ocasião o agora ex-policial teria tido um “surto” xingado a equipe e até quebrado uma mesa, conforme relatou o vereador. Sobre o episódio, Tiago seria julgado em maio de 2021, mas o Governo do Estado, sob o comando de Reinaldo Azambuja já o demitiu em julho.

As agruras entre Tiago e o govenador tucano vem desde de 2017, quando Tiago foi transferido para Pedro Gomes. A vinda para a cidade pedrogomense foi entendida como um castigo. Em sua página nas redes sociais, Tiago cobrou coerência do na época deputado federal Elizeu Dionizio do mesmo partido de Reinaldo, o PSDB que se apresentava como representantes dos evangélicos.
Tiago ainda criticou o governador Reinaldo pelo suposto envolvimento num esquema de recebimento de R$ 67,7 milhões em propinas da JBS. Azambuja inclusive foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Pelo visto, se manifestar nas redes sociais é um risco podendo levar até a demissão como ocorreu com Tiago. Um absurdo e um atentado ao direito de liberdade de expressão que são garantias constitucionais.
Para quem conheceu o investigador é difícil aceitar que há um mês o mesmo deixou de desempenhar suas funções de Policial Civil. A cidade perdeu um excelente profissional. Aquele profissional que não media esforços para ajudar a todos que viessem a necessitar da Polícia. Alguns moradores lembram do policial humano, que fazia caridade. Ele ajudava com cestas básicas carentes da comunidade pedrogomense.
Tiago teve dois recursos negados que pediam a sua reintegração. Poderá recorrer agora no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Enquanto é melhor os policiais que manifestam suas opiniões ficarem calados, senão poderão sofrer severas repressões da gestão de Reinaldo Azambuja.
Porém desafiava superiores e desrespeitava a hierarquia, isso causou sua demissão.